Segunda parte de El Flautista de Hamelin

Ayer iniciamos una excelente practica con la fábula, El flautista de Hamelin y hoy les traemos la segunda parte para culminar este excelente cuento alemán.

El Flautista de Hamelin en portugués segunda parte

el flautista de Hamelin

O homem avançava de rua em rua sem se voltar para trás, absorto na sua música. E os ratos, atrás, correndo, dançando, arrastando-se uns aos outros. Quando, enfim, o flautista saiu pela porta sul, estava a poucos passos do rio Veser, e aí ficou parado, mas a enorme multidão que o seguia não. Era um espectáculo extraordinário ver aquela quantidade enorme de ratos a precipitar-se, de mergulho, no rio. A corrente do Veser fervilhava de patas, de rabos, de bigodes, de dorsos. Em poucos minutos, em Hamelin, não havia nem um daqueles invasores!

Que é que tinha acontecido exactamente? Parecia que o único a escapar daquela matança, um gordo rato de água, contou, mais tarde, a alguns amigos seus de Hanôver, onde se tinha refugiado:
– As primeiras notas da flauta pareciam o rumor de um saboroso osso de porco a ser raspado. Logo de seguida, o de maçãs maduras, postas sobre a prensa para se fazer sidra; depois, um chio como o das tinas de picles a abrirem-se, como um armário cheio de marmelada a entreabrir-se ou como o de rolhas de garrafões de óleo quando são destampados. Parecia que uma voz celestial me dizia: «Regozijem-se, bravos ratos! Ruminem, trinquem, roam, devorem! Eis tudo junto e de uma vez: pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar!» E quando me estava a ver diante de um barril de açúcar branco, cujo conteúdo brilhava como a lua cheia, dei comigo, de repente, nas profundas águas do Veser a fazer tudo para não me afogar.
Mas voltemos a Hamelin. Os habitantes da cidade pareciam loucos: riam, dançavam, saltavam. Alguns precipitaram-se para o campanário e começaram a tocar o sino para a festa, outros abriram pipas da melhor cerveja e brindaram com canecas que, de tão grandes, pareciam baldes. Enfim, uma alegria nunca antes vista! E o presidente? Ora, o gordalhão preguiçoso comandava e fazia alarido:
– Vamos! – gritava. – Ponham tábuas a tapar os ninhos! Fechem até o buraco mais pequeno. Que dos ratos não fique nem o rasto!
De repente, eis que aparece na praça do mercado o flautista. Aproximou-se do presidente e dos seus conselheiros e disse:
– Sim, sim, está tudo bem, mas primeiro, por favor, eu queria os meus mil florins…
– Mil florins?

O presidente perdeu as boas cores que tinha, empalideceu, e os conselheiros, de repente silenciosos, olhavam fixamente para ele, como se o flautista não existisse. Haviam de pagar mil florins àquele vagabundo do manto encarnado e amarelo, quando o vinho do Reno custava esse dinheiro? Que restaria para os senhores da assembleia poderem festejar condignamente o acontecimento?
– Bom homem – disse, por fim, o presidente – a praga dos ratos é agora só uma recordação. Os ratos nunca mais hão-de voltar. Claro que queremos recompensar-te. Mas, mil florins! Repara que era uma brincadeira. Portanto, toma estes cinquenta florins, bebe à nossa saúde e vai com Deus!
A cara do flautista ficou negra como o carvão. E disse:

– Não foi brincadeira nenhuma, caros senhores! À hora das refeições sou hóspede do califa de Bagdade, ele sim, é uma pessoa reconhecida, e não tenho um minuto a perder. Avarentos e ingratos como são, não se iludam que eu lhes faça um desconto. E lembrem-
-se: quem se comporta comigo deste modo, arrisca-se a que eu comece a tocar a flauta com intenções bem diferentes.
– Como!? – gritou o presidente. – Como te atreves, seu vadio horroroso? Quem és tu? Pensas que impressionas alguém, com essa flauta inútil e esse fato de bobo? Vá, vá, toca a tua bela flauta até ela se partir.

Sem acrescentar uma palavra, o flautista voltou-se, colocando, de novo, a sua flauta nos lábios. Começou a caminhar e, antes que tivesse entoado três notas, três notas apenas, um alegre murmúrio percorreu a cidade de Hamelin. Eram pezinhos que avançavam velozes, tamancos que ressoavam no empedrado, mãos que aplaudiam, vozes de crianças que falavam alegremente. Todos os meninos e meninas da cidade, de faces rosadas, os olhos cintilantes e os dentes brancos como pérolas, seguiam em bando, rindo alegremente, a música do flautista.

Ao ver isto, o presidente emudeceu e os membros da assembleia ficaram quietos, imóveis como pedras, de espanto. Entretanto, o flautista percorreu a rua principal e encaminhou-se para o Weser, levando atrás de si todas as crianças de Hamelin. E já as pessoas choravam e arrancavam os cabelos, acreditando que os filhos teriam o mesmo fim que os ratos encantados, quando o homem vestido de amarelo e encarnado mudou de rumo, para oeste, em direcção à colina de Koppelberg, que domina a cidade.
Então, todos soltaram um suspiro de alívio:
– Vai parar, vão ver! – diziam. – Não pode escalar o Koppelberg…
Mas eis que, chegado ao sopé do monte, o alegre cortejo parou um instante. Um enorme portal se abriu de par em par, na base da colina, engolindo o flautista e o seu séquito e fechando-se quando a ultima criança o atravessou.

Dissemos «a última»? Não, desculpem, enganámo-nos. Uma daquelas crianças ficou para trás. Regressou à cidade a chorar e disse à mãe que a abraçava:
– Ah! O que eu perdi! Olha, o flautista estava a levar-nos para o País da Felicidade. Lá as águas jorram límpidas, as flores têm cores maravilhosas, os pardais são mais sarapintados que os pavões, as abelhas não têm ferrão, os cavalos têm asas. Ai de mim! Como sou infeliz!
Ouvindo aquelas palavras, muitos se lembraram das palavras de Jesus: «É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos Céus». Todos se arrependeram da avareza que tinham mostrado. O presidente enviou mensageiros para Norte e para Sul, para Oriente e para Ocidente, mas em vão. Nunca mais se  encontrou o rasto, nem do flautista, nem das crianças de Hamelin. E, em memória do terrível acontecimento, a partir daquele dia, nos documentos oficiais de Hamelin, depois da data, podia ler-se: «Mas recordamos tudo o que aconteceu no dia vinte e dois de Julho de 1376». E não só. Em frente ao local onde se abrira o portal mágico, o município mandou erigir uma coluna e quem hoje visita a catedral de Hamelin pode ver nos seus vitrais a história do flautista mágico.

Mas, afinal, que é que aconteceu às crianças encantadas? Não se sabe. Porém, não podemos deixar de dizer que, nos montes da Transilvânia, existe uma aldeia de estrangeiros. São altos, louros e corados. Os seus vizinhos contam que os seus antepassados eram provenientes de uma cidade longínqua chamada Hamelin, perto de Hanôver. Mas não sabem explicar como e porque é que chegaram ali, à remota Transilvânia…
Talvez nesta história haja qualquer coisa para aprender. A minha opinião é que devemos pagar as nossas dívidas a todos, especialmente ao flautista. E, se alguém tocar flauta para nos libertar dos ratos, depois de lhe termos prometido alguma coisa, é conveniente mantermos a palavra dada.

Fim

En nuestro post de ayer les dejamos el vídeo de El Flautista de Hamelin en portugués, hoy se los dejamos en español:

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